Papo Literário: A Culpa é das Estrelas!

É, João Verde... Você realmente me surpreendeu! Só devo ainda me decidir se foi positivamente ou negativamente! kk' (Esse meu lado geminiana ~indecisa~ me mata)  

Há alguns dias (e põe dias nisso) o livro A Culpa é das Estrelas de John Green tem sido o queridinho e o mais comentado no meu feed. Como sou apaixonada por leitura, fiquei crazy para tê-lo e de certa forma deixar de participar do pequeno grupo que ainda não tinha o lido. Então esperei a "poeira baixar" para poder ler e expressar minha opinião aqui. (Tentarei resumir ao máximo sem ser spoiler, prometo)!

A história é narrada por Hazel Grace (Só Hazel), uma jovem de 16 anos que está em estado terminal e que graças aos milagres da medicina sobrevive através de remédios que impede o desenvolvimento do seu câncer nos pulmões, mas precisa conviver com um cilindro de oxigênio que se torna praticamente uma parte dela. Consciente que tem seus dias contados, a garota apenas espera a sua hora de partir para acabar o seu sofrimento e o de seus pais. Já o Augustus Waters, (aaaaaah... o Gus! ♥) é cheio de otimismo e metáforas. Embora tenha perdido uma perna por conta de um câncer ao concluir seu tratamento, ele respira positividade, está sempre disposto a ajudar e teme o esquecimento, visando sempre em deixar a sua "marca" no mundo. A fragilidade da doença contribui para que eles se aproximem e se apaixonem gradativamente, compartilhando o pequeno ou grande infinito  de suas  vidas. Como diz Hazel: Alguns infinitos são maiores que outros.

Imagem: reprodução / Tumblr

Devo admitir que o enredo é sim, doce, cativante, cruel, lindo, emocionante, trágico e que corrói o coraçãozinho de quem lê, mas não superou minhas expectativas e isso me frustrou. Não pela escrita do autor, ou por causa de alguma mania dos personagens (até achei o máximo a personalidade de Hazel e Gus. Uma mistura de ironia, sarcasmo e humor foi o que me manteve interessada). A história apenas não me vidrou a ponto de se tornar marcante. Sinto que faltou algo, um quê a mais, ou talvez mais profundidade e menos superficialidade, o que me faz acreditar cada vez mais que o livro foi escrito justamente para virar filme, pois podemos imaginar com facilidade as cenas descritas nas páginas serem semelhantes com alguma história clichê de romance dos telões, o que eu espero que seja mais tocante do que foi como escrita.  

Só que por favor, não deixem de ler o livro, gente. Talvez pelo o dia ou momento fizeram com que eu não sentisse o que a maioria das pessoas sentem, dizem sentir (?!) e como vocês veem, sou uma das poucas que não se apaixonaram loucamente o que quer dizer que o problema seja eu. 

- Mas ahhh, Nara! Então tu não derramastes nem uma lágrimazinha? O livro é tão fofo e emocionante...

Claro, meus amores! Não sou tão coração de pedra assim, não. Mas não me emocionei pela história em si e sim pela filosofia de vida que o autor transmite ao tratar de um tema tão delicado e atual. Enfim, a sinopse não diz nem 3% do que acontece, apenas sugiro que leiam e me contem o que acharam e/ou como reagiram. Adorarei "ouvir" a opinião de vocês. Espero que gostem! *-*

Essa estrela de pelúcia acima é a Luna, presente que eu ganhei da minha amiga Bruna, em 2007. Desde então ela tem se tornado um bem precioso para mim. Bruna lutou contra o câncer durante 1 ano e faleceu em 2011. Dia 15 de fevereiro fará 3 anos que não ouvimos mais aquela gargalhada contagiante e única. A sua maneira tão dócil de lidar com sua doença, não deixando transparecer o seu sofrimento principalmente para aqueles que a amavam, agindo sempre com positividade e alegria com certeza se tornou uma lição de vida para todos que a conheceram. Bruna nos faz falta. Como ela faz falta... Só eu sei o quanto eu queria que o seu câncer também tivesse sido apenas fictício. Mas enquanto eu não consigo entender/aceitar que ela se foi, eu também vou acreditar que a culpa é das estrelas!